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AIR: 3 insights sobre o filme para aplicar na sua marca

  • Foto do escritor: Flavia Brito
    Flavia Brito
  • 6 de dez. de 2024
  • 4 min de leitura

“Um tênis é apenas um tênis até o Michael Jordan calçar.”

Essa foi a frase mais marcante do filme “Air: a história por trás do logo”, estrelado apenas pelos melhores atores dos últimos tempos: Ben Affleck, Viola Davis, Matt Damon, Jason Bateman, Chris Tucker e muitos outros.


Antes de assistir ao filme, eu já tinha visto o documentário “Abstract” na Netflix, no qual um dos episódios é sobre “Design de tênis” e conta todo o processo para desenvolver a coleção Air Jordan, mas pela visão do designer Tinker Linn Hatfield, que foi o responsável pela linha a partir do Air Jordan 3 até o 15.


O mais interessante do filme, para quem, como eu, já tinha visto esse documentário, é que ele mostra a história anterior, como chegaram no Michael Jordan e porquê. Se você gosta desse tipo de filme, já compra sua pipoca e o bilhete do cinema. E eu prometo que por aqui, o assunto vai ser mais minha visão de branding do que spoilers do filme (apesar de já ter dado alguns e precisar dar outros no decorrer do texto, não tem jeito rs).


Não sei se você já sabia, mas as principais empresas de tênis esportivos na época, 1984, eram a Converse e a Adidas, a segunda sendo a preferida de Michael Jordan. E a Nike estava tentando crescer no departamento de Basquete, com um budget super limitado para trazer novos e talentosos jogadores para uma parceria.


Michael Jordan ainda não era o que conhecemos hoje, mas foi a verdadeira crença no talento e autenticidade dele, através de sua mãe e Sonny Vaccaro (“olheiro” da Nike), que mudaram completamente o negócio da Nike. Como uma boa aula de branding na prática, Vaccaro lutou contra tudo e todos para trazer Jordan com uma linha completamente única, assinada por ele. Diferente das outras marcas de tênis citadas anteriormente, a proposta da Nike era especial: ir contra as regras da NBA e traduzir a identidade do Jordan para os seus tênis.


A expectativa: venda de 100 mil pares de tênis no primeiro ano.

A realidade: venda de 450 mil pares no primeiro mês.


Por quê?


Porque essa parceria refletiu duas essências: Nike e Michael Jordan.

Esse é o princípio base de uma parceria de sucesso, quando cada marca empresta a sua identidade para a outra, e no fim, desenvolvem algo que as pessoas conseguem enxergar as duas e despertar desejo.


Então vamos com três insights do filme para você aplicar no seu negócio também. Isso foi em 1984 e todas as estratégias são válidas até hoje!


  1. Conhecer e pesquisar sobre o seu mercado de atuação


Eu realmente acredito que quem tem marca, não tem concorrente. Ouvi essa frase outro dia e precisei me apossar dela, já que é uma crença que carrego e sempre falei para as minhas clientes.


Ter concorrente é ter medo de perder vendas e clientes para o outro. E ter mercado é saber que existem outras empresas que vendem produtos/serviços similares ao seu, mas que você possui elementos únicos que nenhuma delas pode roubar. Mas você conhece muito bem cada uma delas, tanto para não ficar para trás quanto para melhorar a sua entrega.


Sonny Vaccaro explica à Deloris Jordan o que cada uma das empresas, Converse e Adidas, vão falar durante as reuniões para convencê-los a assinar com elas, e também explica sobre o momento que cada empresa está passando internamente. E por fim, o porque a Nike seria a escolha ideal: quais são os seus valores e objetivos com a parceria. Dessa maneira, ele envolve o cliente com a marca, demonstra estar atento ao mercado e ser o grande diferencial para a carreira de Michael Jordan, e assim, gera confiança aos seus clientes.


Ele não precisou cobrir outras ofertas como a Adidas fez. Claro que nesse caso, estamos falando de uma parceria grande que exigiu demandas do outro lado, e Sonny aceitou até onde era possível para a sua marca. Mas ele foi fiel à essência da Nike e à essência de Michael Jordan, sem precisar passar por cima de ninguém.


  1. Conhecer a marca parceira, com quem você quer se associar


Sonny Vaccaro enfrentou tudo e todos para fechar negócio com Michael Jordan. Para isso, assistiu incontáveis jogos, analisou o atleta de maneira profissional e pessoal e entendeu o seu diferencial. Ao se apresentar à mãe de Jordan, ele expôs a proposta demonstrando saber de todo o potencial e talento do atleta. Mais uma vez, transmitindo envolvimento e confiança.


Além disso, na hora de desenvolver o tênis, a Nike definiu um nome que tivesse relação com a sua essência – Air – mas também com a outra marca – Jordan – deixando claro que esta relação era ganha-ganha, como uma boa parceria deve ser. E por fim mas não menos importante, a estética escolhida para os sapatos estava alinhada às necessidades do atleta, por ter um uso específico (basquete), e ao mesmo tempo poder ser usado fora das quadras como ele gostava, tendo as cores do time que ele tinha acabado de ser escolhido: Chicago Bulls.


  1. Desenvolver algo único


A junção dessas duas etapas anteriores, levou a Nike a oferecer a melhor proposta à Michael Jordan, algo que seus concorrentes não poderiam entregar, juntamente com um produto que traduzia o atleta.


Não apenas um produto, mas uma linha completa assinada por Michael Jordan.

Nesse momento, um tênis deixa de ser apenas um tênis, e passa a ser o Air Jordan. Um produto que, por si só, virou uma marca que sobressai a Nike e o Michael Jordan sozinhos, e possui vendas milionárias até hoje.


O Air Jordan é muito mais que um tênis, muito mais que um produto.

O Air Jordan é uma marca!

E esse é o poder do branding: gerar valor, despertar desejo e aumentar o faturamento de uma empresa!


E agora, te convenci a ver o filme?


Uma marca forte se diferencia pela sua essência.


Flavia Brito


 
 
 

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